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Inês3D

Inês3D nasce da necessidade de escrever, de partilhar momentos, emoções, dicas, pensamentos... acerca de mim, da minha família e daquilo que considero relevante os outros saberem. Sem nunca ser demais, sem ser de menos...

Inês3D

Inês3D nasce da necessidade de escrever, de partilhar momentos, emoções, dicas, pensamentos... acerca de mim, da minha família e daquilo que considero relevante os outros saberem. Sem nunca ser demais, sem ser de menos...

28
Nov16

Apresento-vos "O Lado Feliz da Vida" da Inês3D

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Todas as marcas nascem de uma vontade. De terem uma presença no mercado, de terem uma voz junto do seu público, de terem uma ou mais cores, de terem valores pelos quais se guiam, e de serem palpáveis.

A marca Inês3D... Como tudo começou, bom o nome já estava criado, e tenho ouvido muitos e bons elogios acerca do mesmo, mas faltava o "boneco"... dar-lhe a cor, criar um formato, apresentar um look & feel. O briefing foi passado a dois grandes Amigos, servido com um pequeno-almoço feito com todo o amor, respeito e dedicação. E as ideias vieram. Não houve grande drama, uma apresentação exaustiva ou lista de pedidos de alteração visceral. Estas pessoas, estes Amigos, conhecem-me muito bem portanto sabiam o que eu procurava para a minha marca. Acima de tudo, algo em que eu me revesse - as cores, as ilustrações, a mensagem - e que fosse leal ao que eu quero transmitir.

E aqui está o resultado desse briefing e desse trabalho criativo de dois excelentes amigos - o João e o António - aos quais devo, não só um enorme Obrigada, bem como está prometido um pequeno-almoço mensal (vitalício)!! Obrigada de coração.

Espero que gostem e que a marca Inês3D vos "marque" sempre pela positiva! 

Além da marca, lançei também a Granola, home made, e que apelido de Divinal3D. Aceito encomendas.

Os frascos são de vidro e o objetivo é a sua reutilização e o refill com a Granola. Sou adepta do "Desperdício Zero" da Bea Johnson. 

encomendas.Ines3d@gmail.com

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28
Nov16

Sentimento # "Dream it possible"

Hoje escrevo e partilho convosco sobre um “verbo” muito especial –  o verbo Sonhar!

Por questões "profissionais", recebo a e-newsletter do programa de TV  “Imagem de Marca”, mas também por uma necessidade de pertença, uma curiosidade inata, uma eterna pesquisa de saber mais e de conhecer melhor as marcas que apostam por fazer da disrupção, da vontade de ser amadas e de um certeiro “marketing” o seu objetivo de “vida”. Já aqui referi uma, muito especial, a Ikea no post A must Love Brand, e hoje partilho convosco uma nova campanha que me veio parar ao colo.

Trata–se da nova campanha de publicidade da Huawei e do seu mais recente smartphone o P9.

 

 

Numa altura em que a Huawei Consumer BG celebra as 9 milhões de unidades vendidas do Huawei P9 a marca lançou uma campanha sob a sua frase de trademark da marca “Make it Possible”. O novo vídeo inspira a importância de perseguir os seus objetivos para conquistar os seus sonhos. A protagonista principal, Anna, é uma jovem que tem uma grande paixão pela música e que não desiste do seu sonho até se tornar numa pianista reconhecida mundialmente". O filme é emotivo desde o primeiro segundo até ao segundo final, a narrativa é cativante, o enredo é-nos familiar e o fim surpreendente e tal como cada um de nós ambiciona - Alcançar aquilo que sonhamos!

Cada um de nós sente e percepciona a publicidade de forma muito individual, a uns marca, a outros passa ao lado, para mim desde pequena que me "marca" e despoleta um sentimento de amor e algumas vezes de ódio...  A beleza desta arte - para mim a publicidade é uma arte - e o impacto individual que um anúncio pode ter na vida de alguém é surpreendente.  Pode despertar uma vontade de comprar, de adquirir e de fazer parte daquela marca. Ainda hoje cantei a música da Coca-cola, uma delas, "Sensação de Viver" (Cantar, dançar, a emoção de uma coca-cola, sensação de viver...).

Este filme de 03:59 lembra-me de duas coisas na minha Vida. Uma é óbvia – uma relação familiar – o meu querido Avô Zé, pai da minha mamã e marido da Bequinhas. O pouco tempo que tive o prazer de viver com ele, uns muito bons mas curtos, seis anos, foram inspiradores e inesquecíveis. Nesse tempo éramos uma família, daquelas dos filmes, e que queremos ter na nossa vida e nunca mais perder. Durante seis anos, tive os jantares de domingo, em casa dos meus avós, em que o serviço de jantar saia do armário e havia sempre o doce da avó. Os aniversários eram com casa cheia, as férias de verão eram imperdíveis e as aventuras, essas nunca mais as esqueci. O meu avô Zé ensinou-me a andar de bicicleta, a nadar, a tr gosto pelo exercício físico e com ele aprendi muitas e inúmeras lições, mas acima de tudo aprendi que para sermos felizes temos de fazer por isso. O avó Zé sempre viveu com amor, com intensidade e com uma enorme vontade de gritar ao Mundo: "Eu Sou Feliz!" Dono de uma beleza rara, de um enorme coração, e com um colo e abraço como só ele sabia dar. Saudades tuas, Avô Zé...

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Regressando ao spot da Huawei, “...é esta a história da rapariga de uma pequena cidade que simboliza o caminho da própria Huawei, que tal como a jovem protagonista, começou o seu percurso de forma humilde e que, com trabalho árduo, é hoje uma das mais relevantes marcas do mundo na sua área de atuação, conclui. A letra da música “Dream it Possible” reflete a missão da Huawei em estar sempre a inovar e a ir mais longe, independentemente dos contratempos que possam surgir pelo caminho.

Disse-vos que este filme me lembra duas coisas na vida... uma já vos falei. A outra é falar-vos de um sonho... daquele de criança. Eu quando era pequena tinha o sonho de ser Artista. Eu queria ser Cantora. A música deste anúncio é tão bonita, a letra é tocante (vejam no final do post a letra da música), inspiradora e a melodia é maravilhosa (vão ficar viciados nesta música). Contudo não nasci dotada com uma voz “Norah Jones”, sim não foi uma benção, e nunca corri atrás deste sonho, talvez tivesse conseguido se tivesse estudado ou ido atrás, mas a verdade é que não fui. É daqueles sonhos que ficam guardados na gaveta e quem sabe se poderia ter sido uma artista, lotado o Meo Arena e esgotado concertos no Coliseu dos Recreios... feito chorar o público, ou recebido uma ovação de pé... não sabemos. Nem nunca saberei.

 

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Mas vale a pena correr atrás de outros sonhos e daquilo que nos faz feliz. Hoje lançei a minha marca - O lado feliz da Vida porque não desisti, nem desisto deste sonho - o de ser feliz!

Não se escondam atrás do medo. Enfrentem-no. E vão atrás. Vale a Pena!

Pelo menos para a “Anna” valeu muito a pena.

nota: conteúdo retirado do site Imagem de marca. Imagem de Marca

 

Dream it possible

I will run, I will climb, I will soar
I'm undefeated.. oo
Jumping out of my skin, pull the chord
Yeah I believe it
The past, is everything we were
don't make us who we are
So I'll dream, until I make it real
and all I see is stars
It's not until you fall that you fly
When your dreams come
alive you're unstoppable
Take a shot, chase the
sun, find the beautiful
We will glow in the dark
turning dust to gold
And we'll dream..
It possible
Possible
And we'll dream..
It possible
I will chase, I will reach, I will fly
Until I'm Breaking, Until I'm Breaking
Out of my cage, like a bird in the night
I know I'm changing, I know I'm changing
In, into something big,
better than before
And if it takes, takes a thousand lives
then it's worth fighting for

It's not until you fall that you fly
When your dreams come
alive you're unstoppable
Take a shot, chase the
sun, find the beautiful
We will glow in the dark
turning dust to gold
And we'll dream..
It possible
Possible
From the bottom to the top
We're sparking wild fire's
Never quit and never stop
The rest of our lives
From the bottom to the top
We're sparking wild fire's
Never quit and never stop
It's not until you fall that you fly
When your dreams come
alive you're unstoppable
Take a shot, chase the
sun, find the beautiful
We will glow in the dark
turning dust to gold
And we'll dream..
It possible
Possible
And we'll dream..
It possible

18
Nov16

O balanço da semana....

Uma semana passou desde a mudança efetiva que ultrapassei, com distinção, penso eu! Depois de oito anos a trabalhar num banco azul, inglês, de nome Barclays, e de uma marca de cartões de crédito chamada de Barclaycard, foi no dia 11 de novembro o meu último dia a servir esta insígnia. De malas e bagagens mudei de escritório - da torre oriente do Colombo para a avenida da Liberdade - mudei de marca - agora defendo as cores e os valores WiZink. Mas a equipa essa mais valia... Essa mantenho na minha vida, à excepção de uma pessoa que me marcou e que ajudou muito, os queridos colegas, os bons amigos, a família que criei - esses sim "guardo" perto de mim. Graças a Deus. Esclareço que a unidade de cartões Barclaycard foi comprada pelo banco WiZink. O balanço desta semana é positivo, pois o novo escritório é excelente, a localização, o conceito, as cores, a disposição e porque é novo. Factores que ajudam na acomodação e na adaptação. Toda a mudança é real. É uma verdade que ela existe, e não há como escapar e sem dúvida que a devemos interpretar como crescimento, progresso, e é um andar para a frente. Mas claro que devemos sentir medo, receios, dúvidas, incertezas... Devemos sair da nossa zona de conforto para às vezes nos colocarmos postos à prova. Isso sim dá-nos poder, confiança e vontade. Se não existisse mudança, os dias não passavam, as horas não mudavam, as estações não alteravam, as pessoas não evoluíam e o planeta esse ficava como era... Embora ache que a evolução destrói aos poucos o nosso planeta também acredito que ela é necessária para que o mundo avance. E para a frente é caminho, tudo faz parte. Para uns é mais fácil, para outros custa mais, mas chama se a isto crescimento, e crescer custa. O conselho que aqui deixo é que devemos aceitar a mudança como algo natural e não ir contra. Apenas perdemos tempo e energia. A mudança é inevitável. A mudança é crescimento.

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13
Nov16

Sugestão de brunch em Lisboa

Hoje aceitámos o convite da Tia Ana para tomar o Brunch (refeição de origem britânica que combina o pequeno-almoço - breakfast - e o almoço / lunch) no Hotel Epic Sana de Lisboa. O domingo é um dia especial neste hotel, pois é o dia em que a família é convidada a estar junta, e desfrutar de um brunch neste espaço tão agradável.

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Gostámos muito! Do espaço, da oferta e acima de tudo dos funcionários que são 5 estrelas. Desde a atenção que nos deram, aos adultos, como o cuidado e carinho com as crianças. Têm um espaço para os miúdos estarem, onde a Rita tem uma paciência enorme e imensas brincadeiras, jogos, e até pinturas faciais. Para terminar em grande os D´s mais velhos até fizeram um mini workshop de pizza.

O menu é variado, tal como já disse, desde ostras (maravilhosas), sushi, saladas, mousses salgadas, pães e foccacias. Pratos quentes - bacalhau à lagareiro, bochechas de porco preto com amêijoas, etc. Ovos mexidos, quiches... Fruta, queijos e doces. Confesso que senti falta de algumas sobremesas menos calóricas e com menos açúcar e pão sem glúten. Bebi sumo de frutos vermelhos e um café expresso no fim.

Todos os domingos das 12:30 - 16:00. €35 por adulto, crianças até aos 6 anos não pagam. 50% de desconto para crianças dos 7 aos 12 anos. O parque de estacionamento no hotel é gratuito.

Ainda tivémos tempo de subir até ao 9º andar pelo elevador panorâmico (um must para as crianças) para ir espreitar a infinity pool, que no verão é TOP!

Fica aqui a sugestão para um próximo domingo, em Lisboa! Divirtam-se.

 

 

13
Nov16

À conversa com...Bequinhas!!

No “À conversa...” desta semana apresento-vos uma Mulher, uma Excelentíssima Senhora, a minha querida e amada Avó Bequinhas.

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Quem me conhece sabe a importância que esta Senhora tem na minha Vida. Para mim, ela é uma segunda Mãe, literalmente. É a matriarca da família e a quem eu agradeço do fundo do coração por ter gerado a minha Mamã que possibilitou o meu nascimento.
Sou muito apegada, muito unida a esta Mulher inspiração. Ela é sem dúvida uma das mulheres da minha Vida. E as três, tantos de vocês nos viram juntas, fazíamos uma super equipa!!!

 

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A Bequinhas é a minha convidada especial, pois fez 98 anos esta semana no dia 7 de novembro. Por isso, está de Parabéns e esta foi a forma que encontrei de a homenagear. Do fundo do meu coração, partilho convosco algumas das estórias da vida extraordinária que ela já viveu.

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São muitos anos, muitos meses, muitos dias, muitas pessoas, nomes, países, cidades que se cruzaram com ela. Alguns, ela ainda se lembra, outros a memória por vezes não ajuda e ficam para trás. Tantas vezes disse, que a história dela dava um livro, hoje aqui fica um levantar do véu.

 

Leiam com carinho, com amor e inspirem-se nas palavras desta sobrevivente, lutadora e determinada em que a vida é feita de conversa, de muito amor e de saúde. O seu brinde é sempre “A nós e aos outros, muita saúde”.

 

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Foi no sofá encarnado da sua casa em Benfica onde as duas no sentámos. Ela com o cachecol do seu Benfica ao pescoço, eu com o iPhone e com a Canon no botão on. Foi mais que uma entrevista, foi uma conversa de avó e neta, de partilha, de amor, de lágrimas e de sorrisos.

 

Nascida a 7 de novembro de 1918 na Rua do Loureiro, em Lisboa - Maria Perpétua Moisés Xavier Teixeira da Silva Serra Pereira. Foi a última de seis irmãs: Maria Beatriz, Lucinda, Júlia, Maria Eduarda e Maria Gertrudes. Os pais – Alberto e Maria Beatriz – foram os pilares da sua Vida, mas a morte prematura do pai deixou-a com um gosto agridoce e com um permanente vazio de amor de Pai.

 

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Viveu sempre com o estigma que devia ter nascido rapaz, aliás diz que prefere os homens às mulheres. Ao lhe perguntar porquê, diz que prefere roupa de homem – umas boas calças de fazenda, uns sapatos de atacador à homem, uma boa jaqueta – prefere atores, escritores e cantores masculinos. Tem os U2, o Toni de Matos, o Kenny Rogers, o Ney Matogrosso, o Julio Iglesias na lista dos seus preferidos e durante muitos anos a banda sonora lá de casa, que tocava na aparelhagem Sony, as cassetes e os discos vinil destes músicos. Tem de haver sempre algo doce na sua casa, seja chocolate, sejam bolos, de preferência do Califa, a sua pastelaria de eleição. 

É uma mulher de costela transmontana, que tem nas rugas da sua cara escrito o quanto já teve de passar ao longo destes anos. Quem olha para ela não percebe o quanto já sofreu, e o quanto já chorou. Mas como gosta de viver, e tem uma saúde de ferro, nada a abala excepto as partidas prematuras... uma muito recente de alguém que muito Amamos, admiramos e muita falta nos faz a ambas – a Mô, como a Bequinhas apelidava a minha Mamã...

 

Obrigada Avó do meu coração, tu que tanto me ensinaste, tu que tanto me inspiras e que todos os dias me lembras o quanto o amor, a honestidade e a saúde são dos bens que devemos zelar, e que nos fazem sentir vivos.

Vamos começar o “À conversa...”  desta semana.

O teu nome é Maria Perpétua, mas quase todos te chamam carinhosamente por Bequinhas. Como surgiu este nome?

Não sei ao certo quando surgiu, até porque sempre me ouvi chamarem-me de Becas, desde que era pequena... A minha família , a Mamã e as minhas manas nunca me chamaram por Maria Pérpetua, mas sim sempre por Becas. Sempre fui conhecida por Becas. O Bequinhas surgiu por pessoas mais próximas que decidiram juntar ao nome o carinho que tinham por mim...

 

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Nasceste no final da primeira grande guerra , foste a última rapariga de 6 irmãs, perdeste o teu papá muito cedo... foram tempos difíceis.  Quais as ajudas que tiveste para sobreviver? E quais as que te ajudaram a crescer para ser uma mulher mais forte e rija?

Nunca conheci bem o meu Pai (Alberto), ele morreu quando eu tinha 18 meses, não tenho grande memória dele . Foi sempre uma mágoa grande com que tive de aprender a viver e entristece-me muito não ter tido tempo para desfrutar dele. Hoje em dia falo muitas vez com ele, mas é para o  “retrato” que tenho dele aqui na sala. Desde há pouco tempo para cá deu-me esta vontade de falar com ele. Nunca é tarde, verdade?!

Desde que nasci foram tempos muito duros, onde houve pobreza e fome...  Naquele tempo, pós guerra, onde éramos seis raparigas e uma Mulher, a Mamã Beatriz, tivemos de fazer tudo para sobreviver.  Por exemplo, o natal entristece-me muito pelo que já passei... Nunca recebi uma boneca, nem nunca tive uma boneca para brincar. Brincávamos as seis (irmãs) com trapos, quando tínhamos. Hoje em dia quando vejo os meus bisnetos a receber tanto brinquedo fico feliz por eles, mas triste por dentro, pois acho que nunca fui criança, tive de crescer muito rápido e sinto que perdi a minha meninice.

Depois do papá morrer, foi terrível, vendemos os móveis para ganhar dinheiro e podermos comer. A casa ficou vazia e o senhorio colocou-nos na rua. Nesse momento, tivemos de nos separar. Foram tempos muito tristes, e muito difíceis quando uma família tem de se separar...

Eu fui para casa da minha Avó com a Mamã. As manas, umas casaram e outras sairam de Lisboa. Eu ainda terminei a quarta classe, fiz a prova de aferição ao liceu e tive notas boas, mas não pude prosseguir com os estudos. Se tivesse continuado, gostava de ter ido para o Conservatório de Música para estudar História da Música e aprender a tocar piano. Sabia tocar algumas coisas, pois em casa da Avó havia um piano mas ela não gostava que eu mexesse nas coisas dela. Foi uma prima que me ensinou as bases.

Todas começámos a trabalhar muito cedo por necessidade, eu aos 12 anos já estava empregada e tive de ir obrigada pela minha Avó. O meu primeiro trabalho foi na Rua António Pedro, numa costureira, onde a minha irmã Eduarda já trabalhava. 

Também trabalhei num atelier no Chiado e foi aí que conheci a minha mais antiga amiga - a Maria Eunice, que era filha da patroa. Até temos uma fotografia em que estamos de vestido igual, fui que fiz, e tirámos uma foto as duas com o fotógrafo da rua.

Mais tarde tive de me separar também da minha Mamã, pois tivemos de sair de casa da Avó. Foi muito triste esta separação, pois a Mamã sempre foi e sempre será das pessoas mais importantes da minha vida.

 

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Eu tenho a impressão que sou mais forte do que pensava, pois tenho ultrapassado muitas barreiras, muitos desafios, muita dor e tristeza. A fome, o trabalho intenso, a dor de perder muitos familiares, inclusive a minha Mô. Há dores que são estranguladoras e que nos deitam muito abaixo. Mas quando somos novas e temos uma vida pela frente...

 

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Qual a zona de Lisboa que mais adoras e que possas contar alguma história sobre a mesma. Uma delas sei que é o Chiado...

Eu gosto muito do Chiado porque trabalhei lá muitos anos. Ia à Garret comer um bolo que era muito bom. Passeava pelo Chiado nos intervalos. Era uma zona muito animada. O atelier onde eu trabalhava era por cima da gardénia, antiga fábrica de chapéus.

 

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Ao longo da tua vida e por circunstâncias do teu casamento tiveste diferentes moradas. Queres partilhar connosco quais e quando? 

Os lares da minha infância já aqui partilhei... a minha última morada de solteira foi em casa da minha irmã Eduarda. Daí saí para casar e para ir morar com o meu marido, o Zé. 

Conheci o Zé quando trabalhava na Rua António Pedro, e tinha 18 anos quando o conheci. Namorámos oito anos até termos idade autorizada na altura para casar que era apenas aos 26 anos. Casámos no dia 31 de Dezembro de 1944, na igreja de Penha de França. Estavam poucos convidados mas estavam as minhas irmãs, e alguns amigos. Fui com um fato de fazenda bege muito bem confeccionado e um chapéu bege oferecido pela Lili Pinto Coelho, uma grande amiga, para quem tive o enorme prazer de trabalhar na casa dela no Estoril. 

 

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A nossa primeira casa foi no Quartel do Carmo, no largo do Carmo, vivemos lá seis meses. Um dos meus sítios preferidos, pois ia passear ao Chiado. Depois mudámos para o Quartel da Ajuda, onde o avó estava colocado. A residência seguinte seria fora do país, muito longe. Fomos viver para Timor Lorosae, para onde o Avó foi convidado para ir chefiar o quartel. Foram tempos muito felizes, onde aprendi muito e tive de gerir a distância de Portugal e da família que ainda restava.

Retornados de Timor, fomos para Aveiro morar, onde já levávamos a Mô e onde o João Nuno iria nascer.

 

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Adorei morar em Aveiro, tínhamos uma casa muito gira, na Avenida Lourenço Peixinho, a Mô calcorreava as escadas o dia inteiro, entre os gatos e o quintal andava ela sempre a fazer tibornices (mixórdia de terra, água, plantas...) naquela altura nem o "skip" ajudava. O João Nuno veio a nascer nessa casa, era um bebé muito gordinho e muito bem disposto.

 

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Regressámos a Lisboa e por indicação duma irmã do Zé, a Miana, havia um 3º andar em São Domingos de Benfica livre para irmos visitar. Eu fui de comboio visitar a casa, e gostei muito, pois ficava inserida numa zona de Lisboa onde haviam poucas casas, muitas quintas e muito verde, nomeadamente Monsanto. 

 

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E aí ficámos, aliás ainda hoje cá estou, neste terceiro andar sem elevador, do qual não quero sair pois aqui tenho muitas histórias, lembranças, memórias. Umas muito boas, outras menos boas, mas a vida é isso mesmo. Aliás um bom livro tem sempre capítulos muito risonhos e outros em que se chora, verdade?

 

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Viveste em Timor Lorosae, a terra do Sol nascente na zona de montanha. Conta-nos como era lá viver?

Desde a viagem até lá chegarmos tudo foi uma aventura. A viagem num navio enorme - o Niassa -  durante 3 meses. Fizemos várias paragens – Luanda, Lourenço Marques e outro porto que não me recordo. 

Vivemos lá durante cinco anos e foram sem dúvida muito "ricos", com muita aprendizagem, desafios, choques culturais e com muita saudade.

Quando lá chegámos ainda não tínhamos a nossa casa pronta, estava a ser construída na montanha pelos locais. Tinha muitos animais - dois cães, um gato, um bambi… dava-lhes a comida que tinha.

O nosso empregado chamava-se LeloBao.

Quando morava em timor tive a oportunidade de ir até à Austrália de avioneta, tive um bocadinho de medo. O piloto era muito bonito… mas não me lembro como se chamava. Tenho os timorenses no coração, são um povo muito meigo, muito diferente mas muito amável. Foram tempos muito díficeis mas guardo boas memórias.

 

O avó Zé era Coronel da Guarda Nacional Republicana. Uma esposa de militar fica sempre na sombra do marido ou consideras que a tua personalidade nunca se perdeu e que juntos eram mais fortes?

O Zé era um homem muito imponente, muito bonito, exigente mas gostava que eu fosse como sou. Vivia na sombra mas nunca perdi a minha vontade. Não sinto que alguma vez me tenha de ter calado ou posto de parte por ele assumir um papel de liderança e de ser militar. 

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Mas os tempos eram outros, não podíamos expressar-nos como agora o fazemos. Embora eu fosse um pouco à frente.

 

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Por exemplo, quando fomos para Timor e embarcámos no navio até à terra do sol nascente, achei que o mais prático era vestir calças e não os vestidos da época. Por isso e com a ajuda da minha irmã Eduarda fizémos calças, muito confortáveis, com tecidos frescos para que pudesse na viagem e em Timor estar mais à vontade. Verdade que durante muito tempo não trabalhei e era o que se pode dizer uma Dona de Casa. Tomava conta da Mô e do João Nuno, fazia trabalhos de costura, mas sempre procurei mais para a minha vida e para a minha “carreira” se é que se pode apelidar dessa forma.

 

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Foste conselheira de beleza da Madame Campos, uma marca de cosmética que infelizmente desapareceu mas que durante muito tempo foi líder de mercado. Quais os produtos que na altura vendias mais? O que te fazia feliz ao trabalhar para esta empresa?

Foi das melhores experiências da minha vida ser consultora de beleza da Madame Campos. Uma marca pioneira, especialista, muito boa qualidade, inovadora. É um orgulho para mim ter trabalhado numa das primeiras marcas de cosmética, de produtos de beleza e cuidados femininos. E era excelente consultora! Tinha imensas clientes e nesse tempo conheci imensas pessoas com as quais aprendi, partilhei experiências e ganhei muito em termos profissionais e humanos. 

 

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Os melhores produtos eram todos! Sem excepção! Lembro-me do creme hidratante, do leite de amêndoas, da pasta de amêndoas, dos batons... Aqui em casa havia uma gaveta dos produtos de amostra. Era uma festa para as minhas netas Inês e Bába, pois elas pintavam-se a elas... e a mim também. Era uma marca familiar, que nos uniu e que nos fez tornar  mais femininas.

 

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És uma mulher da política e tinhas um ídolo o qual adoravas. Lembro-me de comícios que fui contigo e com a mamã em que íamos ouvi-lo falar. Refiro me ao Francisco Sá Carneiro. Porque é que o idolatravas?

Era um homem diferente, um líder, de coração bom e com um pensamento à frente do seu tempo. Acreditava na sua vontade de mudar o país, de fazer crescer a nossa economia, de apoiar os jovens, e de dar esperança!  Adorava ouvi-lo falar, sempre fui uma mulher que gosta de conversar, de ouvir, de falar, de trocar opiniões. Foi uma tragédia a morte dele, pela forma que foi e que nunca se descobriu a causa. E foi um golpe duro a sua partida. Nunca mais houve ninguém como ele. Para nosso, ou vosso bem, espero que surja um novo “Sá Carneiro” que oiça o coração das pessoas, perceba as suas necessidades mas que seja muito inteligente para levar este país para um novo caminho.

 

Como achas que a política de hoje influencia os jovens de amanhã? 

Hoje em dia em nada. Os políticos não são duros o suficiente, não têm carisma e não defendem o partido. São umbilicais.

Era bom que os jovens se apercebessem que nem todos precisam de ser médicos, advogados ou arquitetos para levar um país para frente. Era bom que quisessem defender o seu país, que quisessem enfatizar o bom que somos e que defendam as cores do partido,o laranja...

 

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Qual achas que vai ser o legado que vais deixar no Mundo?

Os meus 2 filhos, os meus 4 netos e os meus 4 bisnetos. Dei muitas vidas. Gerei vidas e uma família muito grande. Uma dádiva que tenho de agradecer a Deus por ter dado ao mundo. E outras que hão-de vir com a marca da Bequinhas. Uma herança de ouro. Vou voltar a ficar viva, se partir entretanto, sempre que os meus gerarem vida eu vou estar entre eles. Essa é a minha Herança.

 

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Dá uma mensagem a quem está a ler esta conversa.

Sejam Amigos, o Mundo precisa de Amor e de Honestidade. Se todos fôssemos mais honestos, mais amigos, certamente estaríamos todos melhores.

 

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Sejam Alegres, Sinceros e Amigos. Não voltem as costas mas sim deêm as mãos, olhem nos olhos e sejam Amigos!!!

 

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Nesta conversa ficou muito tema por falar, muita estória por contar, mas foi das conversas mais bonitas, mais inspiradoras e mais honestas que tive com a minha Avó.

As Avós são sem dúvida muito importantes na minha/nossa Vida. Acredito mesmo que têm o dom de perdoar, de ajudar, de nos acalmar e de nos amar infinitamente.

Meus queridos filhos, a Avó Mô estará sempre connosco. Basta guardá-la no coração.

 

05
Nov16

Receita # Papas de aveia de cacau

Hoje apeteceu-me preparar para a família umas papas de aveia quentinhas mas queria dar-lhes um sabor mais "doce" para eles devorarem... O doce é psicológico, pois o que usei foi cacau, mas disse aos D´s que era chocolate. Depois explico-lhes um dia que este é o estado puro do chocolate e que não tem açúcares nem gordura nem leite adicionado.

A receita é muito simples e a base é a mesma das papas de aveia que já partilheir convosco.

 

Receita # papas de aveia cacau (esta quantidade serve 1 dose)

Ingredientes:

  • 1 caneca de flocos de aveia;
  • 1 + ½ caneca de Leite de amêndoa da Provamel;
  • 1 colher de chá de Reishi da Puro Sumo;
  • 1 colher de sopa de cacau cru;
  • 1 colher de sobremesa de cacau cru manteiga da Iswari;
  • 1 colher de sobremesa de canela da Margão;
  • Mirtilos para decorar;
  • 1 caneca de nozes pecan;
  • Agave;

Numa panela pequena colocar o leite e misturar a aveia. Em lume brando deixar cozer, misturar a canela, o reishi, o cacau cru e o cacau cru manteiga e passados 5 minutos desligar. Numa frigideira pequena torras as nozes pecan (sem queimar), vai ficar um cheirinho delicioso em casa!!!

Escolher uma taça bonita e deitar as papas, decorar com os mirtilos, e com as nozes pecan torradas. Se quiseres adoçar colocar o agave ou mel. Juntei a este pequeno-almoço um café Nespresso e toranja (mas não fiquei fã dela... mas é linda).

Todos comemos e todos adorámos!!! 

Feliz sábado!!! Aproveitem a vida.

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04
Nov16

A visitar, hoje e amanhã, o ORGANII Eco Market!!!

Acontece hoje e amanhã no LX Factory a primeira edição do ORGANII Eco Market, um evento dedicado ao mercado 100% português, totalmente ecológico, sustentável e biológico.  O ORGANII Eco Market é organizado pelas irmãs Cátia e Rita Curica, as fundadoras da Organii, uma marca portugesa de cosmética biológica.

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Vão haver workshops, palestras e irão estar presentes mais de 50 marcas que assumem a saúde, o healthy cooking, os produtos orgânicos, biológicos e a sustentabilidade como forma de vida.

É sem dúvida um evento obrigatório a visitar em Lisboa para quem este ideal de vida é um modo de vida.

 

Amanhã espero lá passar e partilho convosco o que lá se passa!

 

Dos workshops que vão existir destaco:

- "Miss Kale" workshop sobre ANTIAGING E LONGEVIDADE, mais que na altura para ouvir sobre este tema tão interessante e que contribui para o anti envelhecimento e a ajudar-me a sentir mais energia!!!

 

- A Joana Limão, do blogue "Lemonaid", vai preparar um brunch super especial... aliás tenho seguido no instagram os preparativos e promete!!

 

- O tema da alimentação direcionada para crianças vai ser apresentado pela Gabriela Oliveira, autora de cozinha vegetariana e autora do livro "Cozinha Vegetariana para Bebés e Crianças". Tem 3 filhos, faz me lembrar alguém, portanto vou querer mesmo ouvi-la!!! 

 

- A presença de Francisco Varatojo, do Instituto Macrobiótico de Portugal, para nos dar uma palestra.

 

- E para mim a "cereja no bolo" será a intervenção da Bea Johnson onde nos vai falar da iniciativa Desperdício Zero. Perdi a oportunidade de a ouvir na Maria Granel e desta vez não quero desperdiçar esta oportunidade.

 

Muitas mais bloggers e nutricionistas vão-se juntar ao ORGANII Eco Market através de sessões de showcooking, esclarecimentos, e como apoiantes às marcas e à causa do mercado.

 

Algumas marcas presentes:

- A Organii – cosmética biológica, a Organii bebé, a Greentom, a Cherry Papaya, a Green Boots, a Iswari;

- Restaurantes como o Pachamama, o Ink café ou o The Cru;

- Projetos como a Montra / The Window, A Avó Veio Trabalhar ou a Nheko;

- E as quintas biológicas como a Quinta do Arneiro (a "minha"), a Belong (já foi a minha) ou a Quinta da Pedra Branca. 

 

Tudo começa hoje, sexta-feira, 4 de novembro, e vai decorrer entre as 19 e as 22 horas. Amanhã, sábado, 5 de novembro, o horário será alargado e o Organii Eco Market vai estar aberta entre as 11 e 22 horas.

 

Para poderem irem basta fazerem a inscrição no website do evento: Organii Eco Market. A entrada é gratuita.

 

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03
Nov16

Grow a Mo, Save a Bro

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O mês de Novembro é o mês que “permite” apoiar e promover o bigode masculino. Sabem porquê?

A Movember Foundation tornou-se um caso conhecido no mundo inteiro e todos os anos milhões de Homens (com H grande) deixam crescer a bigodaça, como forma de alertar para as formas de cancro mais relacionadas com o género masculino.

A Causa da Movember é contribuir globalmente para que os homens desfrutem de vidas mais longas, felizes e saudáveis.

É com esta ambição que a fundação promove, apoia e financia a saúde dos nossos homens.

Mas a causa não é só dos homens, é uma causa de todos. Infelizmente, a doença já nos bateu à porta, quer tenha sido através de familiares, amigos ou conhecidos. 

Eu como mãe de 3 rapazes não podia ter outra opçção senão apoiar, promover e recomendar que cuidem da vossa saúde. Procurem um especialista, peçam análises e façam os exames que vos são prescritos, e acreditem que não deixam de ser menos Machos... Aliás até vos torna mais Homens!!!

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Há dez anos, 30 australianos decidiram mudar de visual no mês em que se assinala o Dia Internacional do Homem para chamar a atenção para o tabu associado aos problemas de saúde masculinos, como o cancro da próstata ou dos testículos - tratáveis se detectados precocemente.

Este movimento atravessou fronteiras, e os “bigodes” ou Movembers espalharam-se por todo o Mundo e cada vez são mais os adeptos, os bigodes tornam-se mais bonitos e o que realmente interessa – os fundos – aumentam. Já são 21 os países em que a causa é promovida e só no instagram da Movember foundation totaliza 71M seguidores!!! Sejam mais um.

 

“O bigode, ou o MO, é a bandeira. Neste Movember, deixem crescer os Mo´s e usem-nos para arrecadar fundos para a saúde dos homens.” 

"Tenho a certeza que irão clicar no link que vos envio e ler sobre a fundação, os seus propósitos e o que faz com os donativos que angaria.

E claro, fica à vossa escolha colaborarem com o vosso donativo ou passando a mensagem aos vossos amigos." https://ex.movember.com/pt/mospace/10902685

Este foi o desafio do MO Bro (nome dado aos adeptos do movimento) Luís Ramos Silva lançou no meu trabalho.

 

Cada Mo Bro deve ser o porta voz da causa, espalhar a notícia e obviamente que deve ser um cartaz vivo do que a causa promove – ter uma Bigodaça!

 

 

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 Regras:

- Deixar crescer o bigode durante os 30 dias de Novembro;

- Não pode haver contacto entre o bigode e as patilhas - porque isso é considerado barba;

- As peras não contam;

- Quando se virem ao espelho e se considerarem que são um cartaz falante é porque estão no espírito;

- Manter até o último dia de Novembro;

- Partilhar nas redes sociais com #Movember2016! ou no site da fundação! 

  

Neste Movember, deixe crescer o Mo para a saúde dos homens.

  

Homem que é Homem deixa crescer o bigode em Novembro.

 

Saibam mais em:

Movember Foundation

 

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01
Nov16

À conversa com... Andreia e Filipe

Hoje decidi que é dia de celebrar o amor, por isso no "À conversa com..." desta semana decidi convidar não uma pessoa especial, mas para mim o Casal do Ano!!! É obvio que é um Casal muito especial. Ainda para mais quando hoje celebram 1 mês de aniversário. Parabéns meus queridos amigos por esta data tão especial, que eu sei do fundo do coração, que vão sempre estimar e tê-la em conta para o resto dos vossos dias.

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O porquê desta conversa? Porque além de hoje celebrarem um mês de casamento, é uma forma de partilharem com a vossa família, amigos e com os meus leitores os preparativos do vosso casamento, os momentos mais divertidos, aqueles que nunca irão esquecer e fazerem-nos inveja com relatos da vossa inesquecível lua de mel. Além de que ter esta conversa escrita e publicada é uma forma de vos homeagear e de mais uma vez vos agradecer pela vossa amizade, por ter estado convosco nos últimos anos, por ter testemunhado o vosso casamento e por saber que irei estar durante muitos mais.  

Vocês são um exemplo de casal e quero muito que inspirem outros tantos casais.

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 O casamento é um dia da nossa vida, em que dedicamos muito amor, alegria e aceitamos o compromisso perante o nosso mais que tudo. Mas não é apenas um dia, é sim uma viagem que devemos olhar com atenção, estimar até ao último minuto e partilhar com quem nos faz feliz e faz  (e faz por fazer) parte desta felicidade.

 

Sejam felizes meus queridos Amigos: Andreia e Filipe!!

 

Sejam bem vindos a este meu cantinho, tenho um imenso orgulho em vos ter aqui comigo hoje e agradeço de coração.

Vamos começar?

Celebram hoje o primeiro mês de casamento. Passados 30 dias qual é o balanço que fazem desde dia 1 de outubro?

Ela: Foi um dia alucinante, repleto de emoções, cheio de alegria e acima de tudo com muita paixão por estarmos junto da nossa família alargada que nos conhecem e com quem temos o privilégio de partilhar as nossas vidas. O clichê que o dia passa a correr é de facto verdade, mas julgo que o conseguimos aproveitar da melhor maneira e 1 mês depois continuo com o mesmo sorriso ao recordar aquele que foi, de facto, um dia tão especial nas nossas vidas e que seja #atéaos100!

Ele: O dia 1 de Outubro, será certamente o dia que irei gravar para sempre na minha memória. Primeiro, porque foi o dia em que casei com a mulher mais linda e fantástica que conheço e segundo porque dificilmente voltaremos a conseguir reunir num único evento a nossa família e todos os nossos amigos mais chegados. Passados 30 dias do grande dia e 1 semana de termos voltado da lua de mel continuamos embriagados com a euforia e a magia daquele dia 01/10 pelo que o balanço apenas pode ser extraordinário.

 

 

O vosso casamento, no qual tive o enorme prazer de estar presente e de fazer parte, foi pensado detalhe a detalhe, momento a momento.

Qual foi a tarefa que consideram ter sido a mais aborrecida que tiveram de fazer?

Ela: Não consigo categorizar nenhuma tarefa como  “aborrecida”, mas talvez a que nos deu mais dores de cabeça foi a execução do nosso sitting plan e a distribuição dos convidados das mesas. 48h antes do grande dia estávamos ainda a decidir e a pregar nomes nas rendas de cada mesa. Foi uma loucura, mas valeu tanto a pena porque hoje é uma recordação que temos do nosso dia e está cheia de amor que a minha Mãe depositou em cada renda que fez.

Ele: A mais aborrecida foi definitivamente a distribuição dos convidados pelas mesas e a escolha da decoração das flores.

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A tarefa mais divertida?

Ela: A mais divertida,  talvez o nosso momento de dança a dois, não só no dia em si, mas porque durante as aulas que tivemos e descobrimos que até temos algum jeito para o jinga-jinga. No meio do stress que são os últimos dias, as aulas de dança foram como uma lufada de ar fresco de muita risota e muita cumplicidade.

Ele: Claramente que a mais divertida foi o momento da Dança, tanto com a Andreia como posteriormente com os Padrinhos, que nos permitiu soltar uma belas gargalhadas, mesmo com todo o stress dos últimos dias.

 

E aquela que não estavam à espera e foi uma tarefa sensacional?

Ela: Para mim a mais sensacional foram os booklets que deixámos nas mesas para os convidados lerem com um pouco da «nossa história». O ponto alto a homenagem aos nossos Avós que já partiram e consequentemente aos nossos Pais. Foi muito gratificante vermos como as pessoas reagiram aos textos que escrevemos. Tenho ainda de acrescentar o quanto também foi sensacional assistirmos a toda a dedicação das nossas madrinhas/padrinhos na preparação das inúmeras surpresas que tivemos durante a Festa. Foram momentos muito divertidos que vamos guardar para sempre!

Ele: Além de ter achado a mais divertida, a dança foi aquele momento que mais me surpreendeu pela positiva. Sempre fui um “pé de chumbo” e achei que as aulas de dança iam ser aborrecidas, mas tal como disse anteriormente a Dança acabou por ser muito divertida e também uma forma de nos relaxar no meio da azafáma do dia a dia.  

 

O dia 1 de outubro foi sem dúvida um dia muito especial para vocês e será sempre recordado no vosso coração.

O que é que faltou? O que é que foi extra para lá de maravilhoso? E a maior surpresa de todas?

O que tinham feito de forma diferente?

Ela: Acima de tudo, faltou a presença dos nossos queridos Avós para testemunharem a nossa felicidade neste dia.

Extra para lá de maravilhoso – se tenho de escolher um momento, talvez o de ir abrir a pista de dança ao lado do meu Pai. Foi muito bom sentir como estava orgulhoso.

Maior surpresa de todas para mim foi a dança dos padrinhos. Não estava nada à espera e foi um momento muito engraçado!

De forma diferente, teria feito a minha entrada na Igreja que suspeito ter sido a mais rápida na história  :)

ELE: Apenas ficaram a faltar os nossos avós.

O que foi para lá de maravilhoso foi o entrar na Igreja ao lado da minha mãe. Apesar de estar actualmente numa cadeira de rodas, fez questão e foi buscar todas as suas energias para dar alguns passos e conseguir acompanhar-me a andar desde a entrada da igreja até ao altar.  

A maior surpresa de todas foi a interpretação musical de duas das nossas músicas favoritas por um amigo nosso.

Não mudaria nada ao dia, para mim tudo foi perfeito.

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Já conseguiram ler todos os postais que receberam? e as mensagens do livro de honra? Qual a mensagem que para vocês faz mais sentido?

Os dois: Ainda não lemos todas as mensagens, até porque o livro ainda está a deambular por quem não o escreveu no dia.

 

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A vossa escolha de lua de mel sempre suscitou alguns comentários como: "Mas vocês não vão descansar nada?”; "Têm a certeza do que vão fazer? tanto sitio?"… Valeu a pena? Faziam tudo de novo?

Ela: Sim, foi uma escolha arriscada. Não descansámos muito como é suposto numa lua-de-mel, não terminámos numa praia paradisíaca e SIM houve dias que pareceram intermináveis… só Namíbia fizemos 4.040 KM’s de camião em estrada (africana). Mas, valeu muito a pena. Foi uma viagem à nossa imagem, com muita aventura e a culminar em Victoria Falls no Zimbabwe -  que foi, sem dúvida, a cereja no topo do bolo por ser um lugar mágico.

ELE: Sempre tive uma paixão por África,  e esta nova experiencia não desiludiu, bem pelo contrário. Foi claramente uma viagem “dura” que não permitiu descansar mas que nos deixou mais ricos. Tudo foi maravilhoso, desde as pessoas,  o Deserto da Namíbia, até ao delta do Okawango bem como as fantásticas Victoria Falls.   

 

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Expliquem a quem não sabe como passaram a vossa lua de mel: destinos, trajetos, hotéis, aventuras.

Os dois: O roteiro escolhido foi Namíbia – Botswana e Victoria Falls no Zimbabwe, 22 dias de viagem que prometia ter muita aventura à mistura.

Estávamos inseridos num grupo com mais 15 espanhóis - porque a agência Ratpanat é espanhola - que embarcaram connosco na aventura e mais 4 pessoas da tripulação (o condutor, o cozinheiro , um ajudante para toda a parte logística e o guia).

Começámos a aventura na Namíbia sempre de camião onde fizemos muito deserto, KM’s pelo Namib-Naukluft National Park, passámos pelo Dead Vlei que significa algo semelhante a “charco morto” onde outrora foi um lago no meio do deserto e que hoje devido ás mudanças climatéricas está seco e cercado por enormes dunas de areia. Estivemos no parque nacional da costa dos esqueletos – que é uma zona muito árida onde termina o deserto e começa o oceano, e em cabo cross que é uma Reserva de milhares de focas.Terminámos a fazer safari no parque do Etosha ainda na Namíbia e entrámos no Botswana com chave de ouro na região do Delta do Okavango que é o maior delta interno do mundo – com uma paisagem muito distinta, agora muito verde, muita água e muitos animais também. Bostwana foi muito safari e muita savana. Tivemos a sorte de ver os BIG 5 -  os 5 grandes amimais: elefante, rinoceronte, búfalo, leão, leopardo - foi incrível!

Terminámos em grande no mítico Victoria Falls Hotel, um hotel colonial que guarda muita história e aqui sim, aproveitámos para namorar para relaxar e desafiarmo-nos no bungee jumping e num voo cénico de ultra leve pela na fronteira da Zambia – Zimabwe, em cima da imensidão das cataratas.

 

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Qual foi o momento mais alto da viagem? Se não conseguem enumerar apenas um, enumerem os top 3?

Ela: mesmo o TOP 3 é difícil. O momento mais aguardado foi o do salto de bungee jumping que fizemos da ponte em Victoria Falls a 111 metros num dos mais emblemáticos sítios para o fazer. A adrenalina foi inexplicável. Os voos cénicos que fizemos na parte do deserto da Namíbia e do Delta do Okavango foram também pontos altos da viagem e claro que os safaris e a proximidade com os animais foram únicos.

ELE:

- O passeio pelos canais do Delta do Okavango;

- O voo de ultraleve sobre Victoria Falls;

- O salto de bungee jumping em Victoria Falls!!!

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O que vai mudar na vossa vida a partir de agora, sendo Marido e Mulher?

Ela: Hoje em dia já nem o cartão de cidadão muda de SOL para CAS. Já nos conhecemos há 11 anos, vivemos juntos há 4... diria que à vista desarmada não mudará nada. Continuamos a ser a Andreia e o Filipe a única diferença é que celebramos o nosso amor junto da nossa família e amigos.

ELE: Espero que não mude nada e que continuemos apaixonados e que sejamos ainda mais felizes a partir de agora.

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Aproveitem este espaço para passar a mensagem que queiram transmitir… à vossa escolha

Os dois: O dia do casamento é um dia incrível. Façam uma festa à vossa imagem, com as pessoas que realmente fazem sentido estarem presentes e não pensem demasiado… Aproveitem ao máximo e sejam autênticos!!!

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Voltando ao casamento e agora falando do look de ambos... A história contada recria um amor campestre, bucólico, muito romântico. Com detalhes trazidos dos anos 30 - o lado boémio - presente numa quinta de sonho - Quinta do Convento - entre as vinhas, os moinhos, os tons castanhos do campo vinhateiro, tudo compõe o quadro. E no canvas o que se vê e o que se sente é um dos "retratos" de casamento mais bonitos em que estive presente de coração e alma!

 

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Noiva (Andreia)

Vestido: Joana Montez (alterado pela Noiva)

Sapatos: Rui Branco

Joías: Brincos de família (bisavó do noivo, oferecidos pelo marido como presente de primeiro ano de cssamento)

Cabelo e maquilhagem: Manubela cabelos e Ana Peralta make up

Detalhe: o cabelo... entrançado solto lateral, com flores campestres, muito romântico e enquadrado no conceito bucólico.

 

Noivo (Filipe)

Fato: Hugo Boss

Sapatos: Armando Silva

Joías: Botões de punho amigo Carlos Dias

Detalhe: Meias H&M com riscas iguais às dos Padrinhos!!!

 

 

O casamento #AndreiaeFilipe2016 foi Top, pois foi pensado, feito e concretizado com todo o vosso amor, dedicação e carinho. 

 

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